sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

MEU CORAÇÃO EM SUAS MÃOS



Me vi buscando sombras, vestígios, sentimentos,
E algo em mim, mostrou-se bem mais sedento,
Tirando-me dessa plenitude, fazendo-me lembrar,
Que tudo se esvai, até mesmo meus vãos pensamentos.

Te dei meu coração, desfiz meus sonhos ao amar-te,
Tomara suas mãos frias não o congele de todo,
E seu desgosto não venha navalhá-lo,
Pois ainda que peças, nada mais tenho para dar-te.

Guarda-o em ti, como num descanso celeste,
Pois percebi que só há tranquilidade em ti,
Aqueça suas mãos, suga raios de sol que,
Ferva sua voz, Que não mane de seus lábios
O vulgar “eu e você” deixemos fluir o nós.

Leva-me à outra plenitude, que eu possa ver além
Deste finito, aqueça seu fôlego, fale aos meus ouvidos,
Uni seus lábios aos meus,
Leva-me a tocar em estrelas, a conhecer outros céus,

Abra seu coração e ouça o meu silencioso grito.
Depois verei, se peço de ti de volta, o meu tão frágil coração,
Que partiu de mim, seguindo sua sombra
E caiu em suas mãos,

Peço, não o devolva com sede e fome
Como chegou a ti, pois nada há mais triste,
Que desiludir-se do sonho e da ilusão.

                     Silviah Carvalho Printes

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