quarta-feira, 31 de julho de 2013

Crônica do Dia




Um dia eu estava na porta de saída da minha casa, quando observei uma pequenina borboleta amarela bebendo água empoçada no pátio do meu prédio e depois ela sobrevoava as plantas do jardim.
Aquilo me chamou a atenção, não pelo fato de uma borboleta estar bebendo água ou sobrevoar as plantas de um jardim, mas é que tinha muito tempo que eu vão via uma borboleta.
Verdade, quanto tempo eu não via nenhuma borboleta passeando pelo vento, curtindo o espaço e embelezando a paisagem dos nossos dias.
Antigamente era comum e fácil ver borboletas voando. Era umas borboletas amarronzadas, outras azuis, umas amarela pintadas ou com belos desenhos, pretas com detalhes azuis, enfim eram borboletas de várias especies.
Eram mansas que até as crianças costumavam juntar as asas de uma destas criaturinhas e pegar nas mãos.
Minha mãe costumava dizer que elas tinham um pozinho que podia deixar ficar cegos. Até hoje não sei se isto é verdade. Muitos mitos hoje é verdade, muitas verdades hoje é mito. Mito ou não não descobri a realidade. Também não importa.
Naquela manhã que vi uma borboleta na porta da minha casa, fiquei a meditar no quanto o progresso e a poluição devastou a natureza. Realmente não se via mais borboletas voando por aí. Mas naquela manhã milagrosa eu vi as borboletas voltarem.
Era uma borboleta filhote e amarelinha. Que linda!
Passando uns dias, tornei a ver outra borboleta. Desta vez num lugar qualquer que eu passava, o qual já não me lembro mais onde.
Num outro dia vi outra borboleta e outro dia outra e assim por diante fui observando que elas voltavam. Inclusive a borboletinha amarela, voltou muitas vezes a passear no jardim da minha casa e trouxe consigo outras que fora multiplicando e agora já vejo as borboletas vencendo a barreira da poluição, da destruição e do progresso e audaciosamente, mostrando suas beleza por todo canto sem temer. Voltavam cheias de si e orgulhosamente enfrentavam o desafio e hoje voam livre por todos os lados.

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