Tiraram o fôlego da minha alma
Sou a morte que meu ser conforta
Tirou a alegria que em mim ardia
Foi-se o vento da euforia
O som da covardia soou
A voz da crueldade se ouve no tempo
Maldade que vive no coração
Que arde de tristeza
É minha vida que se arrasa
Sou um ser que definha
Sou o chão depois da tempestade
Insegura, derrotada, deslizante, caída.
Fracassada por não saber segurar a felicidade
Sou a alegria que no chão arrasta
Sem a felicidade que me acometia
O sonho virou pesadelo
Um encontro com o desespero
O reencontro que não reencontrei
Agora vou ter que esperar
Mais uma eternidade
Para outra vez te encontrar
(texto de Leda Aragão)
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